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sábado, 31 de julho de 2010

be free

Stop trying to live my life for me.
I need to breath, I'm not your robot.
Stop telling me I'm part of a big machine.
I'm breaking free, can't you see?

I can love, I can scream, without somebody else
operating me.
You gave me eyes, and now I see
I'm not your robot, I'm just me.

All this time, I've been misled.
There was nothing but cross-wires in my head.
I've been taught to think that what I feel
Doesn't matter at all, so you say it's real.

I will scream, but I'm just this hollow shell.
Waiting here, begging please.
Set me free, so I can feel.



Robot - Miley Cyrus


Saudade





não se explica, nem se contenta.

sábado, 24 de julho de 2010

Pode ser pra todos os dias

Sorte de hoje: O pessimismo nunca ganhou nenhuma batalha.

Fiquem quietas por favor!

Por que elas insistem? Por que elas não podem ficar no lugar delas? Por que elas estragam tudo, sempre? As pessoas choram de tristeza, enquanto eu choro por raiva, - e involuntariamente. Nas horas em que eu mais preciso ser forte pra agüentar qualquer situação, preciso me concentrar pra que minhas lágrimas fiquem quietas e não saiam pelos meus olhos acabando com qualquer tentativa minha de mostrar força. Elas bem que podiam ajudar, mas parece impossível! Não consigo controlar e acabo me deixando levar... E quando eu olho pra mim, me vejo resmungando sozinha e inutilmente. Eu poderia ser mais direta, mais objetiva... Sei lá, qualquer coisa... Mas elas me desanimam, elas podem aparecer a qualquer momento e por mais que sejam poucas, podem acabar com tudo em um piscar de olhos - literalmente. Eu sei que não posso deixar de lado aquilo que me incomoda, por causa de possíveis reações psicológicas que geram em meu corpo uma vontade extraordinariamente ordinária de chorar. Não que eu só chore de raiva, mas é o pior choro que existe - pelo menos pra mim. Felicidade, saudade, tristeza, falta, realidade são motivos que dão razão para algumas lágrimas e às vezes parece que todas as suas agonias se vão naquelas gotículas salgadas. E ainda tem gente que interpreta lágrimas como um sinônimo de fraqueza, associam à “Coisa de Criança” e isso me deixa um pouco intrigada. Por que não interpretar como uma defesa? Como uma forma de se expressar para si mesmo? Por que sempre será o fraco aquele que se render ao cansaço? Essas pessoas que interpretam de forma errada a ação podem ser aquilo que chamamos de ignorantes.

Natália Ferreira

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quer saber? Não!

Quer saber? Eu estou ansiosa. E daí? O que você tem a ver com isso? Acho que nada. A não ser que você me conheça e se preocupe comigo. Mas mesmo assim, eu estar ansiosa não é um assunto que interesse, muito menos que preocupe. E cá estou eu... Escrevendo. POR QUE MEU DEUS? Será que eu não consigo reprimir essa vontade, quer dizer, acho que já virou instinto...? Por quê? É mais forte do que eu. Logical conclusion. É isso. Meu professor de inglês vive dizendo isso. Já não tem mais volta. Pelo menos é um vicio bom, não é mesmo? Digamos que seja uma droga boa, pelo menos do meu ponto de vista é.

Natália Ferreira

domingo, 18 de julho de 2010

Discórdia

Às vezes eu vejo as pessoas preocupadas. Tristes. Estão assim ou porque alguma coisa não aconteceu da forma que deveria, ou porque estão com uma tremenda dor de cabeça de tanto pensarem em uma solução para seus problemas, ou porque – simplesmente – vivam tristezas freqüentes e se acomodaram à situação tornando-as contínua. Não estou dizendo que todas as pessoas são assim, claro que não. Só que tenho percebido que as pessoas que chamam a minha atenção são aquelas que se encontram com o mesmo grau de humor que eu. Tem vezes que eu confundo até a mim mesma estando mega feliz em uma hora e cabisbaixa em outra. É estranho, mas é assim que eu funciono. Penso que cada pessoa tem a sua forma de agir, pensar, argumentar etc., e é assustador pensar assim. Se no meu país já encontramos cento e noventa milhões de pensamentos distintos, imagina a proporção mundial. Imagina a discórdia quando resolvemos juntos, tentar dar um fim a qualquer problema de proporções globais! Realmente é impossível chegar a qualquer conclusão que agrade a todas as cabeças pensantes. Realmente é complicado discutir opinião. Cada um tem a sua e ponto, não se fala mais nisso? E se tiver alguém que não concorda? Como dar um fim?

Natália Ferreira

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vício

Ultimamente tenho tido um vicio pela escrita. Mesmo que não haja nenhum motivo para escrever eu quero fazer de qualquer maneira. E o pior é que acontece mesmo quando eu estou com alguma ocupação, quando eu preciso fazer alguma coisa, essa agonia me atinge. Eu fico mais nervosa ainda quando escrevo e apago, escrevo e apago. Isso me irrita, porque não fica bom e eu sei que não vai ficar a partir da primeira palavra escrita a força. Mas o que eu posso fazer? Como eu posso controlar essa sensação tão boa de descrever tudo que sinto sem receio, sem medo, simplesmente poder ser a mais verdadeira possível comigo mesma? Se eu escrevo quando estou triste, sinto como se um enorme peso fosse tirado das minhas costas. Se eu escrevo quando estou feliz sinto que a felicidade sempre pode aumentar. É impressionante a freqüência que eu descubro coisas sobre mim lendo e relendo meus textos. Escrever não é uma obrigação e também não tenho tópicos sobre assuntos que renderiam uma boa leitura, nada disso. Escrevo quando alguma coisa não sai da minha cabeça, escrevo inspirada nas diferentes situações em que vivem as pessoas a minha volta e lógico que também escrevo sobre a minha situação, sobre as coisas que passam na minha cabeça. Às vezes eu me pergunto como eu posso enxergar tanta coisa numa cena tão insignificante, tão comum. Por exemplo, como o ‘Obsolescência’ pode ter saído de uma fumaça cinza e translúcida? Como? Sabe, sobre essas coisas eu já desisti de pensar e decidi aproveitar. Aproveitar que, diferentemente de muita gente, eu consigo enxergar problemas muitas vezes conhecidos, mas facilmente ignorados. De qualquer forma eu tenho mania de ficar pensando nas coisas, geralmente quando uma pessoa passa por mim, tento entender o que cada traço do rosto quer dizer, que história cada marca quer contar. Meu rosto, por exemplo, trás três pequenas marcas que tem razoáveis histórias, mas essas minhas marcas tem peso insignificante em meu rosto perto das marcas, de outras pessoas, que fazem seus rostos pesarem, que fazem seus olhos refletirem toda a sua história ao se olhar no espelho. Fico pesando diferentes pontos de vista, fico discutindo comigo mesma sobre o certo e o errado, fico inventando histórias que nunca chegam ao fim etc. Quando eu faço essa pausa pra pensar, pra pesar as minhas opiniões, não encontro contradições, odeio hipocrisia. Mas quando eu paro pra pensar sobre o certo e o errado, sempre chego a uma conclusão, estabeleço metas, mas nunca consigo cumprir o que eu mesma estabeleço. Já fiz promessa pra mim mesma e quebrei... Se eu não consigo cumprir uma promessa pra mim, consigo cumprir uma promessa pra alguém? Por incrível que pareça, é mais fácil eu mentir pra mim mesma a mentir pra alguém, eu me trair a trair alguém, eu contar o meu segredo a contar o segredo de alguém. Pois quando um lado meu me trai, faz isso com a permissão do meu outro eu, assim eu mesma me protejo das coisas erradas que eu possa fazer. Mas quando existe outra pessoa no meio da história, é preciso permissão de três lados: os dois lados meus e o lado da pessoa, então é meio difícil acontecer algum abalo de confiança. Muitas vezes escrevo textos baseados nos problemas dos meus amigos, baseados na felicidade do meu cachorro, baseado no meu pânico por baleias, mas consigo escrever sem citar em nenhum momento alguma palavra que indique diretamente o assunto que estou falando. Não escrevo “Tenho medo de baleias.” E sim “A gente não sabe quais são os temores das pessoas, mas acredite: pode ser o que você menos espera”. Assim, eu consigo –sozinha- entender, o porquê das pessoas sentirem medo. Já dedurei minhas amigas escrevendo texto sem citar seus nomes nem suas situações, simplesmente tentando entender o que se passava na cabeça delas. Escrever é como confiar a sua vida a uma coisa que você tem a certeza que nunca vai te trair, é contar os seus pensamentos mais profundos a alguém que não poderá nunca te decepcionar, é saber que nunca se arrependerá por ter confiado seus segredos ao papel como poderia se arrepender por ter contado-os a uma pessoa. “Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria.”, faço minhas as palavras de Clarice Lispector.

Natália Ferreira

terça-feira, 13 de julho de 2010

Reflexão do dia

"Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado, consegue estar certo duas vezes por dia."

Paulo Coelho

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Reflexão do dia

" Não me julgue pela plateia e sim pelo meu espetáculo!" (autor desconhecido)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Obsolescência

Estava pensando, cá com os meus botões, o que acontece nesse mundo descartável. É impressionante como, hoje em dia, as pessoas se desfazem tão facilmente das coisas. Ultimamente a curiosidade sobre a opinião das pessoas em relação às coisas que possam vir a se tornar obsoletas nos próximos anos tem se tornado bem grande. Sempre que leio essa pergunta, me questiono se há alguma dose de culpa em cada palavra. Hoje em dia as pessoas visam o mais simples, o que facilita a vida das pessoas, mas se hoje dá certo, amanha pode estragar. O que me deixa mais intrigada ainda é que a gente tem que ajudar a natureza, e agir como ela talvez seja uma grande idéia, mas se a maioria das coisas produzidas pela mesma forem perecíveis, talvez a idéia dos descartáveis não seja tão culpada. O problema é que as pessoas só se preocupam com o hoje. Se hoje der certo ok, se amanha não der... A gente vê isso amanha. Não pode funcionar assim! Se até o inicio do século passado as pessoas viviam sem carro, será que hoje a gente não consegue achar uma solução para um problema que todo mundo tem que se preocupar? Lendo a pergunta novamente: “Quais são as coisas que você pensa que se tornarão obsoletas nos próximos dez anos?” Algumas pessoas nem respondem pelo fato de não saberem o que significa esta palavra: obsoleta. Será que a língua não será mais tão importante também? Será que daqui a dez anos poderemos nos falar poupando as cordas vocais? Será que daqui a dez anos estaremos aqui ainda? Se as pessoas realmente querem estar aqui, que comecem a fazer algo por todos agora. E essa história de que uma pessoa só não pode resolver o problema não é justificativa, pois como dizem, de pouquinho em pouquinho se vai longe. É interessante saber que os inventores do avião, carro e a máquina a vapor, por exemplo, são conhecidos. Todos, pelo menos, já ouviram falar em Santos Dummont, Siegfried Markus e Jammes Watt, claro, eles ficarão para sempre em livros de história, como os grandes inventores, “Os homens que possibilitaram a evolução”. Mas alguém sabe quem foi Charles Fritts? Não. Ele foi o inventor de um painel que capta energia solar. Acho que tem o mesmo valor de importância, deveria ter. Vocês não acham que a gente viveria muito bem de bicicleta? Pernas saradas e meio ambiente feliz. Sem avião? Tudo seria de todo mundo, não era preciso burocracia para transitar entre os povos, tudo bem que o avião até é muito necessário, mas podia ser movido a energia solar, não? E a maquina a vapor? Podia ser alguma coisa que não liberasse tanta fumaça, que não gerasse tanta poluição. A celebração gerada pela invenção de tais máquinas era algo como “Rumo a evolução!” mas querendo dizer, na verdade, algo não muito certo, algo de momentaneo. Era como achar uma pista no meio de uma brincadeira de caça ao tesouro, mas ali na frente você poderia descobrir que essa pista na verdade era uma incógnita. Existem milhões de informações em uma frase e, dentre todas essas informações, apenas uma é a correta. Pode-se dizer que a população está se tornando obsoleta. Que o mundo não precisa mais das pessoas já que as mesmas andam atrapalhando tanto. É como um andar pra frente com o pé atrás, é ter a idéia e ter medo de ela dar errado. Hoje nós é que estamos descartáveis. Talvez se há muito tempo tivéssemos tido um pouco de respeito àquilo que nem era nosso, estivéssemos aqui, hoje, sem problemas. Mas parece que ninguém entende isso, porque a má educação tem um ego muito grande e acaba cegando a razão. Hoje ninguém preza por nada, tudo pode ser jogado fora. Daqui a pouco não haverá vínculos, será tudo independente. Terminaremos sozinhos, porque um dia, decidimos jogar fora a única solução que havia para um possível futuro, pelo simples fato dessa solução ter que ser adquirida em conjunto. E pelo simples fato de as pessoas não se importarem com os outros, nem consigo mesmas, nem com nada. Ter um ego tão profundo que pode cegar os próprios olhos da alma.

Natália Ferreira

Clarice... Bela Clarice

“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.”
(Autor Desconhecido)

Equilíbrio basta

O idealismo está presente em diferentes formas de pensar, por mais realista que você seja. E apesar de a maioria as pessoas terem a certeza de serem sãs, há pelo menos um pouquinho de insanidade em cada cabeça. De uma forma ou de outra, todos nós estamos submetidos ao idealismo. No dia a dia, por exemplo, ao discutir qualquer assunto, podemos entrar no idealismo sem perceber. As pessoas têm o costume de sempre construir ideais utilizando o famoso ‘se’. ‘Se eu tivesse feito... ‘ No uso do ‘se’ tudo não passa de um ideal. O ideal das pessoas, geralmente surge das situações alheias. As pessoas se colocam no lugar das outras a fim de provar a sua capacidade em – na maioria das vezes – viver a vida delas da forma correta. Como se a vida deles mesmos não tivesse problema nenhum, como se fosse bem organizada demais pra que eles tivessem a capacidade de resolver os problemas dos outros. É claro que o idealismo é indispensável na vida da sociedade, mas moderadamente, pois a partir do momento em que a pessoa passa a viver de ideais, ela passa a viver de ilusões. Sim, pois a ilusão fica a um pensamento do idealismo. Real e ideal são bem diferentes e distantes, mas os dois são necessários se aplicados corretamente. É tudo uma questão de equilíbrio, onde muito idealismo é transformado em ilusão e muito realismo é transformado em rotina, ou seja, o excesso não é o ideal e o equilíbrio torna real o seu ideal.

Natália Ferreira