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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Necessidades 3

E se eu quiser ficar escondida atrás da parede do meu quarto? O que você tem a ver com isso? O que eu faço ou deixo de fazer não deveria importar a mais ninguem além de a mim mesma, mas não é assim que acontece. Se suas perguntas fossem motivadas por algum tom de preocupação eu até entenderia, quer dizer, até que são, mas não são perguntas preocupadas com o meu humor, na verdade sua pergunta se expressa muito bem por si só. Ela diz: "Porque você é diferente? Por quê você é diferente de mim? De nós?". Ela faz uma crítica, dá pra perceber e lhe respondo com o maior prazer: não é que eu seja diferente, aliás, sou perfeitamente normal - só pra deixar claro -, o que acontece é que eu não sou obrigada a sair de casa pra gritar à todos se estou feliz ou triste, bem ou mal-humorada, não preciso e nem quero isso. Um livro ou uma música; um programa de TV ou a tranquilidade de meu quarto; um telefone ou alguém que me faça companhia de corpo e alma; uma dança. Eu só preciso disso pra compor o meu perfeito conceito de bem-estar. Prefiro me contentar com o que posso carregar do que ir longe demais nos pensamentos e não conseguir o que quero pelo simples fato de não poder alcaçar. Faço escolhas pra que elas me ajudem, não pra que me atrapalhem. De que adianta escolher algo como aquilo de que mais necessita, se não o tiver sempre que quiser. Aprendam à jogar a favor de si mesmos, porque um gol contra, mesmo tendo sido feito sem querer, não deixa de dar pontos ao adversário. Pontos esses, que poderiam ser seus se tivesse prestado mais atençao quando decidiu correr para aquele lado do campo. Como disse anteriormente, faça das suas escolhas, amigas e não o contrário. Dance conforme a música.

Natália Ferreira

Sala de espera

Era como outra qualquer, uma sala com dois sofás desconfortáveis, um corredor nada convidativo à direita, um balcão que sustentava os braços da recepcionista não muito simpática e a porta de entrada que dava de frente para o balcão e ficava ao lado esquerdo para quem se sentava de frente para o corredor. Era a primeira vez que me encontrava ali depois da triste experiência com a famosa virose uns anos atrás. Naquele dia, meu motivo parecia ser o mesmo para estar esperando: febre, dores musculares e um pouco de dor de cabeça. Enquanto esperava para entrar com nenhum objetivo além de pegar a receita para comprar meus remédios e voltar correndo pra casa, parei para observar as pessoas que se encontravam na mesma situação que a minha, ali, naquela sala, já que as revistas não me chamavam a atenção e, quando tinham capa, datavam de Agosto de dois mil e dois. A mulher que sentava ao meu lado esquerdo parecia tão ansiosa que se ela virasse uma pipoca a qualquer momento, eu não ficaria surpresa. Conversava com o marido, eu acho, que estava sentado ao seu lado esquerdo. Conversavam sobre nomes diversos numa animação estonteante. Presumi que estaria grávida, ou suspeitava de que isso fosse verdade. Bom, pelo menos alguém estava ali ansioso para entrar, pena que essa não era a maioria. No outro sofá que ficava de lado para o corredor, estava sentada uma mulher que parecia tentar se encaixar na sociedade estando de acordo com a moda, mas ela só estava tentando mesmo. Já era uma senhora, devia ter uns cinquenta e poucos anos e vestia roupas até que bonitas, mas só se estivessem separadas. Pareciam ser roupas caras e, como disse anteriormente, não eram feias, mas ela não teve sorte quanto à escolha da combinação. Seu figurino, era composto por uma calça vermelha muito bem trabalhada com um bordado fino e discreto no bolso esquerdo, a blusa era básica e tinha um tom pastel suave. Se ela tivesse parado de se vestir no momento em que deu o laço na blusa, precisaria somente colocar uma sapatilha de cor clara e estaria perfeita para uma consulta à tarde na clínica, mas ela não se conteve. Não entendo até hoje como ela conseguiu sair de casa às quatro horas da tarde com um sapato de salto sete dourado e um blazer azul anil com aquela calça vermelha. Fiquei tão absorta na roupa daquela senhora que nem percebi quando uma mulher entrou na sala com uma menininha que devia ter meses de vida, talvez seis ou sete. Era uma fofa a menina e parecia muito incomodada e estressada com alguma coisa, pois ela chorava alto e emitia um som agudo. Deu pra entender a angústia da menina quando a mãe fez massagens em sua barriga: cólicas. Era uma menina linda, pele clara, bochechas rosadas, olhos pretos e cabelos também, tinha cabelos demais pra uma criança daquela idade, mas era linda, linda demais. De tanto que observava as pessoas por causa do tédio que aquela espera toda me causara, nem percebi quando o ponteiro do relógio que estava pendurado na parede atrás do balcão anunciou que já passava das dezessete horas. Era possível eu estar ali a mais de uma hora? Mas que absurdo de demora! Levantei-me e fui até a recepcionista que quase cochilara em sua cadeira confortável demais pra quem tem ficar bem esperta naquele ambiente calmíssimo. Perguntei a ela que horas o médico ia me atender, pois marquei minha consulta para quatro e meia da tarde. "Qual é o seu nome?", ela perguntou. "Luciana de Almeida", respondi calmamente. "Consta aqui que sua consulta foi marcada para o dia 22 de Outubro", me informou ela. Não entendi porque ela me dissera aquilo já que eu sabia quando era minha consulta, afinal, estava ali esperando, então, concordei com a informação "Sim, marquei para o dia 22 sim". Ela olhou pra mim com cara de quem está cheio de dúvidas na cabeça e finalmente falou "Ah sim, então é a senhora. Liguei ontem para a sua casa repetidas vezes e ninguém atendeu, infelizmente não tenho como te encaixar na agenda. O consultório está cheio hoje. Teremos que marcar outro horário, mas só na semana que vem". Como assim? Eu estava esperando ali desde meia hora antes da consulta, e porque ela me ligou ontem, eu tinha que confirmar a consulta mais uma vez? Não entendi e então perguntei, "Como assim terei que marcar outra consulta? Por que? O que aconteceu com o meu horário? Eu marquei com você desde semana passada!", comecei a ficar estressada. "Marcou para o dia 22! ", ela quase gritou comigo. "Eu sei, e é por isso que estou aqui! Por que você fica repetindo dia 22 toda hora? Eu não sou burra. Hoje é dia 22 e disso eu sei! Só não entendo porque perdi minha consulta se estava aqui na hora certa", naquela hora eu já tinha perdido a paciência e a minha cabeça gritava de dor quando ela finalmente respondeu, "A hora pode até estar certa, mas o dia não. Hoje, quarta-feira, é dia 23 de Outubro!".

Natália Ferreira

Tabus

Não tenho medo de discutir, de falar o que penso e nem passo por cima de meus princípios pelo medo de um tom de voz maior ou um grito de indiganação. Não entendo como existem tantos reféns da opinião alheia, como deixam de fazer o que bem entendem pela resposta incerta da pergunta sobre o que os outros iriam pensar. Certos tabus precisam ser extintos, imposições da sociedade ignoradas, certo e errado definidos por cada um, até porque a liberdade bate no peito pela independencia, não é mesmo? Dane-se a moral e bons costumes da sociedade, enfrente as opiniões contraditórias às suas, defenda seus princípios. Não permita que leis mal reguladas interfiram na sua índole. Seja o que você sempre foi, evolua para o que você deseja ser porque passar por cima de tudo isso pelo que você quer é muito mais valioso do que ser aquilo que querem que você seja só pra não incomodar ninguém. Cuide dos seus valores, de suas crenças, mas não deixe que as mesmas interfiram na sua felicidade.

Natália Ferreira

sábado, 13 de novembro de 2010

Uma pequena teoria

"As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim,mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa. Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes. Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas. No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los."



- Morte (A menina que roubava livros)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um adeus não, melhor dizer um simples 'Até breve'

Como se já não bastassem todas as pequenas divergencias do meu dia-a-dia e a correria constante na minha rotina, agora tudo é visto de uma perspectiva diferente, meu foco é voltado pra uma única coisa, meus complexos livros de oitava série. E como respondo pelos meus atos, nada mais justo do que ficar offline por alguns meses em troca de outros bem despreocupados. E por isso toda a minha atenção ultimamente se volta para as minhas únicas responsabilidades, que, por sinal, estão sendo controladas - nao só por mim. Resumindo minha situação: nada de irresponsabilidades e desleixos acadêmicos (como diria minha professora de português) até que se prove com uma nota a minha capacidade real de passar de ano, ou seja, adeus "Action and Reaction" até dia 17 de dezembro.

P.S: Mas é claro que algumas vezes, se eu mostrar merecimento, conseguirei me enfiltrar aqui por alguns minutos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pleonasmo

Eu te amo!

Natália Ferreira

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Peneira

Eu me sinto injusta. É, injusta mesmo. Por mais que eu tenha milhares de motivos pra estampar um sorriso no rosto sem nem perceber, eu sinto que alguma coisa está errada. E esse é o problema: não tem nada de errado. Às vezes me pego pensando com outra mente, um pensamento que não é meu, uma ideologia que não é a minha, mas isso é porque me pressionar demais me cobram demais e, o pior, é que eu não devo nada. Explicações, satisfações, razões... Tudo isso é meu e se eu não tiver, não tem que fazer falta, a não ser a mim. Não preciso de ninguém que me dite regras, que me mostre caminhos, que tome decisões por mim. Sei que existem escolhas e conseqüências e é pra isso que existe a minha responsabilidade, pra responder pelas mesmas - que nem sempre precisarão de respostas. É fácil demais se deixar levar. É fácil demais se influenciar. É tudo sintetizado naquilo que uns dividem com os outros, tanto positiva quanto negativamente, depende do ponto de vista - é o que eu sempre digo. O certo, conseqüentemente, é saber diferenciar o que vale do que não vale à pena, o certo do errado, o preto do branco. Então, tome cuidado com a sua peneira, porque, um dia, ela pode furar e, inconseqüentemente, selecionar aquilo que você não quer incluído no seu conviver.

Natália Ferreira

sábado, 25 de setembro de 2010

Confissões

"Cansei de tentar te entender, cortesia essa que voce nunce me concedeu. Suas frases não terminadas são incluídas no meu contexto e talvez seja por isso que meus pensamentos se percam tanto. Pois se confundem com os seus. Não pense que me fará pensar como você. Sua doutrina não será infiltrada na minha forma de pensar. Será mesmo muito dificil entender que eu não sou igual a você? Mudanças. Pois é, você vai ter que aceitar. As coisas mudam, o tempo passa e você continua o mesmo. Evolua. Abra os olhos. Só isso que eu lhe peço. (...) Eu só quero paz. Bandeira branca, amor."

Trecho de "Bandeira branca", por Natália Ferreira.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Libertar-se

A dança e a alma

A dança? Não é movimento
súbito gesto musical
É concentração,num momento,
da humana graça natural

No solo não,no éter pairamos,
nele amaríamos ficar.
A dança-não vento nos ramos
seiva,força,perene estar
um estar entre céu e chão,
novo domínio conquistado,
onde busque nossa paixão
libertar-se por todo lado...

Onde a alma possa descrever
suas mais divinas parábolas
sem fugir a forma do ser
por sobre o mistério das fábulas

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

À você

Talvez o meu silencio seja a única coisa que posso lhe oferecer, já que meu abraço, às vezes se torna inadequado e as palavras, repetidas, ou repetitivas, como quiser. Não há vocabulário suficiente para responder suas perguntas, já que as respostas, geralmente, são as mesmas. Desculpe. Eu não posso te ajudar, não consigo. É além do que posso entender e, por isso, só depende de você e mais ninguém. Estou aqui, não esqueça jamais.

Natália Ferreira

domingo, 5 de setembro de 2010

Necessidades 2

Palavras. Minhas amantes fiéis.

Natália Ferreira

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Necessidades


Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver
Toda pedra no caminho
Você deve retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver
- Titãs

domingo, 29 de agosto de 2010

Pensamentos

"Para adquirir conhecimento, é preciso estudar. Para adquirir sabedoria, é preciso observar"
(Marilyn vos Savant)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Atalhos escuros

Mentiras: inúteis.
Não se prenda a elas, por favor. Depois será pior. Omitir fatos é bem diferente de mudá-los. Pode parecer clichê, mas a verdade é que mentira tem perna curta. É a forma mais simples de encontrar tempo para inventar outra e sobrepor.
Acumula.
Suja.
É, portanto, imunda.
É como se olhar num espelho e só ver o pior de você. Como se suas qualidades fossem insuficientes para anular os defeitos. É uma esteira, onde se corre, mas nunca sairá do lugar. Nunca obterá sucesso, nunca. E mesmo se for como proteção, ou até mesmo auto defesa, a mentira nunca será esquecida, anulada, muito menos perdoada. Não vale a pena carregar essa mochila pesada, se ao final da caminhada não puder usufruir dos utensílios em seu interior. Pense nisso.
Não é o certo. E isso já é justificativa suficiente para não utilizá-la como válvula de escape. Mentir pra você é mentir pra mim mesma, é borrar toda a imagem que pintei com tanto cuidado, consertando cada detalhe, não pra que ficasse perfeita, mas sim pra que me agradasse. Bastava. E se eu for a vítima de toda essa covardia – sim, c o v a r d i a – não irei, de forma alguma, me justificar com outra farsa, aí serei somente mais uma. Mais uma falsa, mentirosa, covarde, suja... Imunda.
Não posso dizer que nunca menti porque já o fiz e ainda faço. Sou responsável pela minha covardia, e como não tenho preparo para carregar tanto peso, não consigo carregá-la por muito tempo, mesmo ela sendo relativamente leve.
Verdades são ditas sem dúvidas, sem insegurança e, principalmente, sem medo de conseqüências falhas. Se for um segredo pessoal, comprometedor, aí são outros quinhentos, mas estamos falando de certo e errado, dúvidas e certezas, verdades e mentiras. E se você decidir mentir para defender alguém, por favor, hesite, pense e tome outra decisão. Não fale, nem mande indiretas. Indiretas mal feitas assumem o papel de verdades mal contadas. E, por favor, não se entregue através de sorrisos nervosos, pois isso é fácil de codificar, na verdade, muito simples, mas não dá certeza de nada e isso pode ser bom, mas também ruim. A dúvida gera suposições que evoluem e se tornam aquilo que menos queremos. Se tornam mentiras inocentes.
A feição muda, a expressão também. A fala, o olhar, o sorriso torto. Os mentirosos admitem um novo tom de voz, soberano, imbatível, mas ao mesmo tempo fraco, doente, insensível. A mentira adoece. Muito rápido, por sinal.
E se ela vier de alguém que você ama, será pior pra você. Impossível não perdoar. E você será fraco – na hora em que mais precisa da frieza, do desprezo. É injusto, eu sei, mas, diferente do ponto base desse de toda essa reflexão, é verdade. Pura, justa, muitas vezes, dura, mas necessária. Essa é a verdade. Que na maior parte do tempo é tratada como sinônimo de felicidade.
Mas posso pensar de outro ponto de vista, talvez eu precise de mentiras, talvez, você também. Se eu quiser me iludir, posso fazer isso sem machucar ninguém e ainda estarei me protegendo, aí será diferente. Mas depende das escolhas de cada um, de suas opiniões e crenças.
Durante a caminhada podemos encontrar atalhos que são mais rápidos, mas podem ser escuros. E se você escolhê-los mesmo assim, tome cuidado para não dar nenhum passo em falso.
Natália Ferreira












- Créditos da foto para www.watchmeburnbaby.tumblr.com

sábado, 21 de agosto de 2010

Lovers in Japan - Coldplay

Lovers, keep on the road you're on

Amantes, continuem no caminho em que estão

Runners, until the race is run
Corredores, até que a corrida acabe

Soldiers, you've got to soldier on
Soldados, vocês tem que ser fortes

Sometimes even right is wrong
As vezes até o certo é errado




quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Inalcançável

O que é o futuro?
Já que é um assunto tão discutido deveríamos, pelo menos, saber definir. Eu já parei pra pensar sobre isso, mas sempre acabo mais confusa do que antes. Eu não sei. Parece um beco sem saída. Um labirinto. Um nada. Uma discussão onde sempre haverá um fato que anule suas suposições. O futuro é algo inalcançável.
Podemos pensar que no futuro estaremos em determinadas situações, mas nunca paramos pra pensar que o hoje, o agora, já foi o nosso futuro no passado. E aí? Correspondem as suas expectativas?Nunca haverá um dia em que acordaremos e pensaremos: "Estamos no futuro!". Não. Isso não acontecerá. E, principalmente, pelo fato de sermos movidos a processos. Nada acontece de uma hora para a outra.Como eu disse que ia acontecer no inicio deste relato, agora eu estou confusa. Só não sei se mais que antes. Às vezes isso acontece. Meus pensamentos se constroem através de tantas linhas tortas que fica praticamente impossível organizar o emaranhado. Praticamente. Vamos tentar novamente. O futuro é algo muito vago. É formado por consequencias, onde o arrependimento não tem vez. Só nos resta planejar e tomar nossas decisões com cuidado para não cometermos deslizes, só isso nos resta e nada mais.

Natália Ferreira

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Tanto pensamento pra chegar à mesma conclusão de sempre.

Nunca serei independente. Digo isso por mim, pelo menos. Mas não acredito que você um dia será. Não mesmo. Sempre dependeremos de alguém. E se você não depender, duvido que seja porque você simplesmente não quer. Eu não me daria esse luxo, nunca faria isso comigo. Com o passar do tempo vamos conseguindo aos poucos nossa liberdade e disso eu sou a favor – dependência não é o oposto de liberdade. Mas nunca construí meu futuro sozinha. Não me vejo daqui a vinte anos sem minha família e amigos. Isso é impossível. Posso não depender deles pra viver, pra fazer meus órgãos funcionarem, mas dependo pra ser feliz. Então pense: se a minha vida depende da minha felicidade e eles são a minha felicidade, então eu dependo deles sim! Tenho muito medo de perdê-los. De perder essas pessoas que hoje me fazem tão bem. Talvez esse seja o meu maior medo. O que torna todos os outros insignificantes. O escuro provoca curiosidade e anseio pela surpresa que pode acontecer, mas não causa a dor da saudade, da falta. Nem se compara - e eu que considerava ansiedade e medo de não saber o que esperar um medo.

Eu não tenho nenhuma certeza sobre o futuro, só me resta fazer planos. Mas eu não vejo diferença, apesar de não saber controlar isso. Amanha pode acontecer alguma coisa que me faça mudar radicalmente meu ponto de vista. Pode ser que, daqui a pouco, quem eu estou esperando não apareça na hora marcada e um simples atraso me faça parar pra pensar, ter idéias e tomar atitudes. O tempo é inevitável. Estará sempre aqui. E pode ser que o meu verdadeiro temor venha dele. Venha do fato de saber que: mais alguns minutos e pode ser que seu inimigo seja seu mais importante aliado.

Acredito nessa coisa de destino. Sei que se eu tiver algum problema de saúde e tiver que morrer, eu vou morrer. Me levar para um hospital não vai fazer diferença. E mesmo que não faça diferença, sei que esse alguém que me levar pra qualquer lugar pra tentar preservar minha vida se importa comigo, ou pelo menos se importa com a vida. Pode ser que eu seja submetida a uma tentativa de salvamento por um estranho qualquer que tenha piedade de alguém que precisa de ajuda, mas sei que aqueles que me amam vão procurar por mim e vão me encontrar. Então eu me sentirei amada, mesmo que por poucas pessoas, mas será um amor verdadeiro. E aí entra o tempo na história. Isso é só uma suposição minha e na imagem que construí tenho certas pessoas presentes. O que não tenho é a garantia de que serão elas a estarem do meu lado. Podem acontecer muitas coisas das quais não tenho poder sobre. É claro que o meu futuro não é construído com um cenário composto de dor e sofrimento. Só citei uma situação em que as pessoas que amo estarão do meu lado independente de qualquer coisa - pra que o entendimento seja mais denso.

Minha maior preocupação é ter mais duvidas do que certezas em relação aos atores do próximo ato do meu espetáculo. Eu queria que os do presente permanecessem no futuro. Que enquanto alguns me ajudassem a evoluir, outros me acompanhassem durante a evolução. Só isso. É pedir demais? São só algumas certezas. Só. E isso vai totalmente contra os meus princípios de ‘Viver sem querer saber o que vai acontecer’, mas dane-se. Toda regra tem sua exceção. E também pode haver um outro ponto de vista. “O que tiver que ser, será”, certo? Então se eu me afastar de uma pessoa por causa do tempo e ela não preencher mais a minha rotina, será porque seu nome esteve só em alguns capítulos do livro do meu destino. E mesmo ela sendo insubstituível a meu ver de hoje, amanha posso mudar esse conceito. É isso que me irrita. É criar uma idéia, pensar mais um pouco e ver que ela pode dar errado. E aí eu chego sempre à conclusão de que eu não posso fazer absolutamente nada. Só esperar.

Esperar. Mas que droga!

Natália Ferreira

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Prática de Leitura

Encontrei esta crônica enquanto fazia meu dever de casa de português e li assentindo por reflexo a cada conjunto de palavras. Esse texto me transmitiu a ideia de que podemos pensar igual mesmo sendo diferentes. Então, por favor, leiam e se ao final concordarem estarão demonstrando que pelo menos os pensamentos foram preservados da má condução. Obrigada. Desfrute um pouquinho de Lya Luft e do texto da Prática de Leitura da minha apostila.


Você tem fome de quê?

Concordo com quem anseia pela erradicação da fome no mundo, mas se isso ocorresse no Brasil já estaria bom, para começar. Do meu cômodo posto de observadora, e do duro posto de cidadã com uma vida cotidiana onerada por altíssimos impostos, contas a pagar e coerências a preservar, quero expandir esse conceito de fome.

A fome, as fomes: de casa, saúde e educação, as essenciais. Mas – não menos importante – a fome de conhecimento, de esperança, de possibilidades, de liderança coerente. Fome de confiança: ah, essa não dá para esquecer. Poder confiar no guarda, nas autoridades, até nos pais e nos filhos.

Confiar na minha cidade, no meu país, nas pessoas em quem votei, e também nas que não receberam meu voto: ser digno não é vantagem, é obrigação básica. Andamos tão desencantados que ser decente já nos parece virtude, ser honesto é digno de medalha, e ser mais ou menos coerente vale Prêmio Nobel.

Fome de conhecimento: a primeira condição para melhorar de vida é conhecer mais sobre a própria situação e verificar quais os caminhos possíveis. Não tomando, tirando, invadindo, assaltando, mas crescendo enquanto ser humano. Ler faz parte disso, de ser integrado, de integrar-se. Ler como se come o pão cotidiano: ainda que seja o jornal esquecido no banco da praça.

Não creio que a violência na cidade, no campo, no mundo seja fruto da fome de comida, e sim da fome de sentido, esperança e dignidade. A violência internacional, de momento emblematizada no terrorismo (a mais suja das guerras), nasce dessa fome e da perversa combinação de ideologia torta e fanatismo. (...)
Somos uma humanidade acuada pela brutalidade das carnificinas movidas internacionalmente e pela violência que, em tantas formas, assalta e mata na nossa casa, nos bancos, nos bares, nas esquinas. Transcendendo os limites urbanos, ela se estende para lugares bucólicos que antes pareciam paraísos intocáveis: você pensa em comprar um sítio? Seja onde for, inclua nesse pacote o caseiro, os cães de guarda, alarmes e quem sabe cerca eletrificada.

Teremos paz?

Neste momento estou descrente, embora batalhe por isso do jeito que posso. Não por virtude, mas porque esse é um dos deveres básicos de qualquer pessoa. Devemos começar por instaurar a paz em nós mesmos e ao nosso redor, sem necessariamente desfraldar bandeiras ou ser missionários. Basta existir e agir como um ser pacífico (não confundam com pusilanimidade). Basta (pouco original, eu sei) reformar a si próprio: se posso ser agregadora, não disperso; se posso ser conciliadora, não devo espalhar ressentimento; se quero a paz, preciso não ser mensageira de rancores.

Tudo começa, como dizem, em casa: e é assim desde que ela era um caverna primitiva e nós, uns trogloditas um pouco menos disfarçados do que hoje... Com fomes bem mais simples de satisfazer.
- Por Lya Luft

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Restrição


Surpreenda-se. Surpreenda-se positivamente – é a melhor coisa que existe. Eu poderia dizer pra que você não tirasse conclusões precipitadas, mas às vezes é necessário, às vezes nos faz aprender. Olhar para alguém e não fazer um perfil é praticamente impossível, mas através de um olhar para o exterior de uma pessoa não somos capazes de definir o que ela é por dentro. Talvez isso soe até injusto, mas tem vezes que o julgamento condiz com a personalidade, mesmo que seja negativo, mas também tem vezes que erramos. E erramos gritantemente. Arrependimento é um sentimento que resume bem o que se passa por nossa cabeça quando descobrimos que o nosso julgamento não foi gentil. Aqueles que sofrem com olhares indiscretos e até mesmo torturantes devem se cansar de tentar entender o porquê das pessoas atingirem logo eles – que não fizeram nada. Esse ato do pré-julgamento deveria ser considerado criminoso, mas nem tudo funciona da forma que nos convém. Como deve ser entrar numa guerra recebendo tiros sem nem ao menos saber o que é atirar?

Irracional. Injusto. Hipócrita. Torturante. Isso é o preconceito – que por si só já se define muito bem: pré-conceito. Irracional, pois são construídos sem razão suficiente pra que sejam defendidos. Injusto, pois na maioria das vezes esse julgamento próprio é formado sem bases convincentes. Hipócrita? Sim, todos se dizem contra o preconceito quando isso é praticamente impossível e se pararmos pra prestar atenção, os conceitos podem até ser positivos, mas não deixam de ser pré-formados. E principalmente torturantes. Já se deu conta de como devem se sentir as vítimas desse crime? Sim. Isso é criminoso, sim. Restrição aos direitos.

Se não houvesse tanta diferença, tanta coisa que podemos experimentar, testar, talvez não existisse esse delito, todos seríamos iguais. Mas se pensarmos com um outro ponto de vista e tivermos um pouco de sorte, isso pode ser bom. Formar um pré-conceito, cometer esse delito e errar no perfil, significa injustiça. E se somarmos injustiça com sorte? E se for o caso da vítima, mesmo apesar de tudo, ainda nos der a chance de conhecê-la melhor – mesmo se não merecermos?

Resposta: Nos surpreenderemos. A vítima nos surpreenderá se provar o contrário daquilo que imaginamos que ela fosse. Se provar pra nós que erramos, que nós fomos cruéis. Se nos fizer parar pra pensar e dizer: “Eu errei”.

E apesar de todos os pensamentos que não responderam às verdades, essas vítimas ainda nos dão o presente de nos surpreender e surpreender positivamente.

Natália Ferreira

- Dedicado à Luísa Salata. Desculpe por ter dado ouvidos à minha primeira impressão sem nem
ao menos te dar a chance de se defender. Obrigada.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ops!

"Como agimos quando escolhemos a opção errada dentre uma maioria certa?"
- Por Natália Ferreira

Quem sabe?


"O dia de amanhã, nunca ninguem viveu."

- Por Thadeu Mota

Lógico

"Eu não chamo de amizade, a dependencia de um segredo. Desculpe, mas isso pra mim é arrependimento pela confiança dada."

- Por Natália Ferreira

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ideologia

"Escrevo pela simples lógica de que as palavras não guardam mágoas, raiva, paixão... elas simplesmente tiram essas coisas de nós e as joga bem longe."

- Natália Ferreira

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A arte de con-viver... E não viver mais sem!


Eu poderia ter dito “Não”. De todas as vezes. Queria ver como seria agora se eu não fosse fraca pra isso. O que você teria feito? Teria simplesmente dito “O que eu posso fazer?”, ou será que teria tomado vergonha na cara pra consertar as coisas? O problema é que eu não aceito riscos, tenho medo de perder. Tenho medo de te perder. Tenho medo de testar e perder. Não sou forte o bastante pra correr riscos, não com você, justo você. Não gosto de pensar em possibilidades conseqüenciais de idéias falhas. Mesmo sendo suposições, elas doem. Pode ser que um dia eu seja vencida pelo cansaço e acabe me rendendo ao medo. Se continuar do jeito que sempre foi, pode ter certeza que um dia isso vai acontecer. Um dia você ouvirá um “Não” vindo de mim. Eu sugeriria um cuidado, já que pelas coisas que você me diz, também tem medos. Tem medos iguais aos meus... Medos de correr riscos. Já pensou em trocar de lugar alguma vez? Eu já. Não sei se já se sentiu como eu me sinto toda vez que vejo que não fui forte o bastante pra fazer você acreditar nas minhas mentiras forjadas tempo suficiente para fazer você tomar as suas iniciativas. Não sei se você já prestou atenção quando eu te falo como eu me sinto depois de fazer isso, quando você me joga de lado de novo. Mas o problema é a falta. Se hoje eu sinto falta, mesmo te vendo todas as manhãs, como seria se daqui a algum tempo não te ter comigo sempre? Já é regra. Você é rotina. Cresci assim. É igual pensar em ensinar a avó a mexer em computador... Impossível. É igual não me arrepender depois de dizer tudo, de novo... Impossível. Não sei se pra você também é assim, mas pra mim é. Não sei se isso vale a pena, mas se não valer é por que você não vale ou talvez, pra você não seja boa a minha companhia e se nós perdermos talvez seja melhor. Tudo que tiver que ser, será. Não é isso que você diz? Só nos restarão as lembranças ou então apenas um borrão.

Mas o que fazemos se nós somos invencíveis?
Se voce é inesquecível pra amar?

Mais algumas histórias pra viver e o tempo não parece dizer, ele diz: Não, não me deixe mais. Nunca me deixe. Se eu não tiver você, agora e sempre vai estar presa em meus olhos... Inesquecível em mim.

Natália Ferreira

É só uma questão de autoconhecimento


Independente de qualquer coisa, não desista! Se você desistir, saiba que só ganhará tempo pra pensar nas inúmeras ações que poderia ter concretizado e não concretizou. Também não vale a pena entrar em campo com pessimismo, nunca é uma boa ideia.

“Tudo pode ser, se quiser será. Sonhos sempre vêm pra quem sonha. (...) Tudo pode ser, só basta acreditar. Tudo que tiver que ser será.”

Basta acreditar pra alcançar e lógico que temos que correr atrás. A fórmula pra conseguir o que quisermos, em si, é simples, mas a teoria é bem diferente da prática. Pra mim, o que falta aqui é percepção. Ninguém repara nas coisas já feitas e muito menos naquelas que se deve fazer. Geralmente, cometem o erro e ficam pensando nas ações que poderiam se concretizar se não tivessem cometido a ação errada, ao invés de refletir sobre o erro cometido e aprender com o mesmo. Parece que gostam de se arrepender, mas se for uma forma de aprendizado, pra mim tudo bem. “Use, reuse e recicle” isso não se aplica aos erros, somente o ‘use’ e o ‘recicle’. “Errar é humano, mas insistir no erro é burrice” e é por isso que o ‘reuse’ foi descartado. Reciclar um erro é aprender com ele, é tirar todas as suas propriedades positivas e reutilizá-las. Se pelo menos metade das pessoas tivesse o hábito de pensar nesses assuntos, talvez o cenário que preenchemos hoje fosse diferentes.

Quanto mais aprendemos, mais estamos preparados para enfrentar qualquer situação que possa se estabelecer no nosso caminho. E quanto mais aprendemos, mais acreditamos naquilo que somos capazes, mais aumentamos a nossa força e autoconfiança. Conhecer si mesmo é descobrir todas as suas capacidades. E a partir do momento em que acreditamos em nós mesmos, acreditamos em todas as coisas que queremos que de certo.

Natália Ferreira

Encontrar a paz e se livrar de rótulos


"Faço o que está ao meu alcance. Sempre acerto? Não, longe disso. Mas sei que meus acertos são mais valiosos do que meus erros. (...) Não podemos abrir nossos tesouros, os segredos do nosso coração com qualquer um. Assim como também não podemos ter somente um conselheiro espiritual. (...) Enquanto isso devemos ouvir opiniões, por mais diversas que sejam e ter o coração aberto para saber (...) o que é certo ou não. Como? Sabemos que o coração é enganoso e extremamente corruptível. Mas acima disso, se tivermos PAZ, ela é o árbitro do nosso coração."


Por Caroline Celico Leite

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Se eu estou feliz?


É lógico que sim. Hoje mais do que em qualquer dia, sou a pessoa mais feliz que esse mundo já viu! Podem acreditar que as minhas razões são simples, mas são suficientes e verdadeiras. Realmente, não é necessária muita coisa pra encontrar a felicidade...

Natália Ferreira

sábado, 31 de julho de 2010

be free

Stop trying to live my life for me.
I need to breath, I'm not your robot.
Stop telling me I'm part of a big machine.
I'm breaking free, can't you see?

I can love, I can scream, without somebody else
operating me.
You gave me eyes, and now I see
I'm not your robot, I'm just me.

All this time, I've been misled.
There was nothing but cross-wires in my head.
I've been taught to think that what I feel
Doesn't matter at all, so you say it's real.

I will scream, but I'm just this hollow shell.
Waiting here, begging please.
Set me free, so I can feel.



Robot - Miley Cyrus


Saudade





não se explica, nem se contenta.

sábado, 24 de julho de 2010

Pode ser pra todos os dias

Sorte de hoje: O pessimismo nunca ganhou nenhuma batalha.

Fiquem quietas por favor!

Por que elas insistem? Por que elas não podem ficar no lugar delas? Por que elas estragam tudo, sempre? As pessoas choram de tristeza, enquanto eu choro por raiva, - e involuntariamente. Nas horas em que eu mais preciso ser forte pra agüentar qualquer situação, preciso me concentrar pra que minhas lágrimas fiquem quietas e não saiam pelos meus olhos acabando com qualquer tentativa minha de mostrar força. Elas bem que podiam ajudar, mas parece impossível! Não consigo controlar e acabo me deixando levar... E quando eu olho pra mim, me vejo resmungando sozinha e inutilmente. Eu poderia ser mais direta, mais objetiva... Sei lá, qualquer coisa... Mas elas me desanimam, elas podem aparecer a qualquer momento e por mais que sejam poucas, podem acabar com tudo em um piscar de olhos - literalmente. Eu sei que não posso deixar de lado aquilo que me incomoda, por causa de possíveis reações psicológicas que geram em meu corpo uma vontade extraordinariamente ordinária de chorar. Não que eu só chore de raiva, mas é o pior choro que existe - pelo menos pra mim. Felicidade, saudade, tristeza, falta, realidade são motivos que dão razão para algumas lágrimas e às vezes parece que todas as suas agonias se vão naquelas gotículas salgadas. E ainda tem gente que interpreta lágrimas como um sinônimo de fraqueza, associam à “Coisa de Criança” e isso me deixa um pouco intrigada. Por que não interpretar como uma defesa? Como uma forma de se expressar para si mesmo? Por que sempre será o fraco aquele que se render ao cansaço? Essas pessoas que interpretam de forma errada a ação podem ser aquilo que chamamos de ignorantes.

Natália Ferreira

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quer saber? Não!

Quer saber? Eu estou ansiosa. E daí? O que você tem a ver com isso? Acho que nada. A não ser que você me conheça e se preocupe comigo. Mas mesmo assim, eu estar ansiosa não é um assunto que interesse, muito menos que preocupe. E cá estou eu... Escrevendo. POR QUE MEU DEUS? Será que eu não consigo reprimir essa vontade, quer dizer, acho que já virou instinto...? Por quê? É mais forte do que eu. Logical conclusion. É isso. Meu professor de inglês vive dizendo isso. Já não tem mais volta. Pelo menos é um vicio bom, não é mesmo? Digamos que seja uma droga boa, pelo menos do meu ponto de vista é.

Natália Ferreira

domingo, 18 de julho de 2010

Discórdia

Às vezes eu vejo as pessoas preocupadas. Tristes. Estão assim ou porque alguma coisa não aconteceu da forma que deveria, ou porque estão com uma tremenda dor de cabeça de tanto pensarem em uma solução para seus problemas, ou porque – simplesmente – vivam tristezas freqüentes e se acomodaram à situação tornando-as contínua. Não estou dizendo que todas as pessoas são assim, claro que não. Só que tenho percebido que as pessoas que chamam a minha atenção são aquelas que se encontram com o mesmo grau de humor que eu. Tem vezes que eu confundo até a mim mesma estando mega feliz em uma hora e cabisbaixa em outra. É estranho, mas é assim que eu funciono. Penso que cada pessoa tem a sua forma de agir, pensar, argumentar etc., e é assustador pensar assim. Se no meu país já encontramos cento e noventa milhões de pensamentos distintos, imagina a proporção mundial. Imagina a discórdia quando resolvemos juntos, tentar dar um fim a qualquer problema de proporções globais! Realmente é impossível chegar a qualquer conclusão que agrade a todas as cabeças pensantes. Realmente é complicado discutir opinião. Cada um tem a sua e ponto, não se fala mais nisso? E se tiver alguém que não concorda? Como dar um fim?

Natália Ferreira

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vício

Ultimamente tenho tido um vicio pela escrita. Mesmo que não haja nenhum motivo para escrever eu quero fazer de qualquer maneira. E o pior é que acontece mesmo quando eu estou com alguma ocupação, quando eu preciso fazer alguma coisa, essa agonia me atinge. Eu fico mais nervosa ainda quando escrevo e apago, escrevo e apago. Isso me irrita, porque não fica bom e eu sei que não vai ficar a partir da primeira palavra escrita a força. Mas o que eu posso fazer? Como eu posso controlar essa sensação tão boa de descrever tudo que sinto sem receio, sem medo, simplesmente poder ser a mais verdadeira possível comigo mesma? Se eu escrevo quando estou triste, sinto como se um enorme peso fosse tirado das minhas costas. Se eu escrevo quando estou feliz sinto que a felicidade sempre pode aumentar. É impressionante a freqüência que eu descubro coisas sobre mim lendo e relendo meus textos. Escrever não é uma obrigação e também não tenho tópicos sobre assuntos que renderiam uma boa leitura, nada disso. Escrevo quando alguma coisa não sai da minha cabeça, escrevo inspirada nas diferentes situações em que vivem as pessoas a minha volta e lógico que também escrevo sobre a minha situação, sobre as coisas que passam na minha cabeça. Às vezes eu me pergunto como eu posso enxergar tanta coisa numa cena tão insignificante, tão comum. Por exemplo, como o ‘Obsolescência’ pode ter saído de uma fumaça cinza e translúcida? Como? Sabe, sobre essas coisas eu já desisti de pensar e decidi aproveitar. Aproveitar que, diferentemente de muita gente, eu consigo enxergar problemas muitas vezes conhecidos, mas facilmente ignorados. De qualquer forma eu tenho mania de ficar pensando nas coisas, geralmente quando uma pessoa passa por mim, tento entender o que cada traço do rosto quer dizer, que história cada marca quer contar. Meu rosto, por exemplo, trás três pequenas marcas que tem razoáveis histórias, mas essas minhas marcas tem peso insignificante em meu rosto perto das marcas, de outras pessoas, que fazem seus rostos pesarem, que fazem seus olhos refletirem toda a sua história ao se olhar no espelho. Fico pesando diferentes pontos de vista, fico discutindo comigo mesma sobre o certo e o errado, fico inventando histórias que nunca chegam ao fim etc. Quando eu faço essa pausa pra pensar, pra pesar as minhas opiniões, não encontro contradições, odeio hipocrisia. Mas quando eu paro pra pensar sobre o certo e o errado, sempre chego a uma conclusão, estabeleço metas, mas nunca consigo cumprir o que eu mesma estabeleço. Já fiz promessa pra mim mesma e quebrei... Se eu não consigo cumprir uma promessa pra mim, consigo cumprir uma promessa pra alguém? Por incrível que pareça, é mais fácil eu mentir pra mim mesma a mentir pra alguém, eu me trair a trair alguém, eu contar o meu segredo a contar o segredo de alguém. Pois quando um lado meu me trai, faz isso com a permissão do meu outro eu, assim eu mesma me protejo das coisas erradas que eu possa fazer. Mas quando existe outra pessoa no meio da história, é preciso permissão de três lados: os dois lados meus e o lado da pessoa, então é meio difícil acontecer algum abalo de confiança. Muitas vezes escrevo textos baseados nos problemas dos meus amigos, baseados na felicidade do meu cachorro, baseado no meu pânico por baleias, mas consigo escrever sem citar em nenhum momento alguma palavra que indique diretamente o assunto que estou falando. Não escrevo “Tenho medo de baleias.” E sim “A gente não sabe quais são os temores das pessoas, mas acredite: pode ser o que você menos espera”. Assim, eu consigo –sozinha- entender, o porquê das pessoas sentirem medo. Já dedurei minhas amigas escrevendo texto sem citar seus nomes nem suas situações, simplesmente tentando entender o que se passava na cabeça delas. Escrever é como confiar a sua vida a uma coisa que você tem a certeza que nunca vai te trair, é contar os seus pensamentos mais profundos a alguém que não poderá nunca te decepcionar, é saber que nunca se arrependerá por ter confiado seus segredos ao papel como poderia se arrepender por ter contado-os a uma pessoa. “Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria.”, faço minhas as palavras de Clarice Lispector.

Natália Ferreira

terça-feira, 13 de julho de 2010

Reflexão do dia

"Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado, consegue estar certo duas vezes por dia."

Paulo Coelho

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Reflexão do dia

" Não me julgue pela plateia e sim pelo meu espetáculo!" (autor desconhecido)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Obsolescência

Estava pensando, cá com os meus botões, o que acontece nesse mundo descartável. É impressionante como, hoje em dia, as pessoas se desfazem tão facilmente das coisas. Ultimamente a curiosidade sobre a opinião das pessoas em relação às coisas que possam vir a se tornar obsoletas nos próximos anos tem se tornado bem grande. Sempre que leio essa pergunta, me questiono se há alguma dose de culpa em cada palavra. Hoje em dia as pessoas visam o mais simples, o que facilita a vida das pessoas, mas se hoje dá certo, amanha pode estragar. O que me deixa mais intrigada ainda é que a gente tem que ajudar a natureza, e agir como ela talvez seja uma grande idéia, mas se a maioria das coisas produzidas pela mesma forem perecíveis, talvez a idéia dos descartáveis não seja tão culpada. O problema é que as pessoas só se preocupam com o hoje. Se hoje der certo ok, se amanha não der... A gente vê isso amanha. Não pode funcionar assim! Se até o inicio do século passado as pessoas viviam sem carro, será que hoje a gente não consegue achar uma solução para um problema que todo mundo tem que se preocupar? Lendo a pergunta novamente: “Quais são as coisas que você pensa que se tornarão obsoletas nos próximos dez anos?” Algumas pessoas nem respondem pelo fato de não saberem o que significa esta palavra: obsoleta. Será que a língua não será mais tão importante também? Será que daqui a dez anos poderemos nos falar poupando as cordas vocais? Será que daqui a dez anos estaremos aqui ainda? Se as pessoas realmente querem estar aqui, que comecem a fazer algo por todos agora. E essa história de que uma pessoa só não pode resolver o problema não é justificativa, pois como dizem, de pouquinho em pouquinho se vai longe. É interessante saber que os inventores do avião, carro e a máquina a vapor, por exemplo, são conhecidos. Todos, pelo menos, já ouviram falar em Santos Dummont, Siegfried Markus e Jammes Watt, claro, eles ficarão para sempre em livros de história, como os grandes inventores, “Os homens que possibilitaram a evolução”. Mas alguém sabe quem foi Charles Fritts? Não. Ele foi o inventor de um painel que capta energia solar. Acho que tem o mesmo valor de importância, deveria ter. Vocês não acham que a gente viveria muito bem de bicicleta? Pernas saradas e meio ambiente feliz. Sem avião? Tudo seria de todo mundo, não era preciso burocracia para transitar entre os povos, tudo bem que o avião até é muito necessário, mas podia ser movido a energia solar, não? E a maquina a vapor? Podia ser alguma coisa que não liberasse tanta fumaça, que não gerasse tanta poluição. A celebração gerada pela invenção de tais máquinas era algo como “Rumo a evolução!” mas querendo dizer, na verdade, algo não muito certo, algo de momentaneo. Era como achar uma pista no meio de uma brincadeira de caça ao tesouro, mas ali na frente você poderia descobrir que essa pista na verdade era uma incógnita. Existem milhões de informações em uma frase e, dentre todas essas informações, apenas uma é a correta. Pode-se dizer que a população está se tornando obsoleta. Que o mundo não precisa mais das pessoas já que as mesmas andam atrapalhando tanto. É como um andar pra frente com o pé atrás, é ter a idéia e ter medo de ela dar errado. Hoje nós é que estamos descartáveis. Talvez se há muito tempo tivéssemos tido um pouco de respeito àquilo que nem era nosso, estivéssemos aqui, hoje, sem problemas. Mas parece que ninguém entende isso, porque a má educação tem um ego muito grande e acaba cegando a razão. Hoje ninguém preza por nada, tudo pode ser jogado fora. Daqui a pouco não haverá vínculos, será tudo independente. Terminaremos sozinhos, porque um dia, decidimos jogar fora a única solução que havia para um possível futuro, pelo simples fato dessa solução ter que ser adquirida em conjunto. E pelo simples fato de as pessoas não se importarem com os outros, nem consigo mesmas, nem com nada. Ter um ego tão profundo que pode cegar os próprios olhos da alma.

Natália Ferreira

Clarice... Bela Clarice

“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.”
(Autor Desconhecido)

Equilíbrio basta

O idealismo está presente em diferentes formas de pensar, por mais realista que você seja. E apesar de a maioria as pessoas terem a certeza de serem sãs, há pelo menos um pouquinho de insanidade em cada cabeça. De uma forma ou de outra, todos nós estamos submetidos ao idealismo. No dia a dia, por exemplo, ao discutir qualquer assunto, podemos entrar no idealismo sem perceber. As pessoas têm o costume de sempre construir ideais utilizando o famoso ‘se’. ‘Se eu tivesse feito... ‘ No uso do ‘se’ tudo não passa de um ideal. O ideal das pessoas, geralmente surge das situações alheias. As pessoas se colocam no lugar das outras a fim de provar a sua capacidade em – na maioria das vezes – viver a vida delas da forma correta. Como se a vida deles mesmos não tivesse problema nenhum, como se fosse bem organizada demais pra que eles tivessem a capacidade de resolver os problemas dos outros. É claro que o idealismo é indispensável na vida da sociedade, mas moderadamente, pois a partir do momento em que a pessoa passa a viver de ideais, ela passa a viver de ilusões. Sim, pois a ilusão fica a um pensamento do idealismo. Real e ideal são bem diferentes e distantes, mas os dois são necessários se aplicados corretamente. É tudo uma questão de equilíbrio, onde muito idealismo é transformado em ilusão e muito realismo é transformado em rotina, ou seja, o excesso não é o ideal e o equilíbrio torna real o seu ideal.

Natália Ferreira

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O Fim


Simples.
Rápido.
Nem sempre fácil.
O que será que acontece,
Quando deixamos tudo para trás?
Será que esquecemos?
Será que revivemos?
Ou será que, simplesmente,
Aceitamos o fim do nosso enredo?

Natália Ferreira

domingo, 20 de junho de 2010

Pensa só um pouquinho

As pessoas vivem dizendo que tudo da certo no final, né? Então, pensa comigo, se não deu certo até agora, é porque ainda não acabou. To mentindo?

Indiferença

As vezes a gente acorda e ve que as coisas são indiferentes. Tanto faz. Talvez. Pode ser. Essas expressoes preechem o dia. Sem vida e opinião, decidem acabar com qualquer animo que possa existir em nós. Isso geralmente acontece quando algo nos espera e nós não temos a mínima ideia do que esperar desse algo. Esse desanimo repentino pode ser infinitas coisas, desde medo até espectativas que podem -no final - ser falhas. Essas coisas geralmente destroem a gente e por mais que estejamos cansados de saber que tudo muda quando descobrimos que esse algo não é tão monstruoso assim, não adianta, sempre teimamos no encomodo frio na barriga. Pois é, existem certas coisas que não mudam e caracteristicas tipicas dos seres humanos é uma delas.

Natália Ferreira

sexta-feira, 18 de junho de 2010

sorte




Jogue tudo pro alto. O que cair em cima de você é o que realmente vale a pena.

Natália Ferreira

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Encostar na tua

"Eu quero te roubar pra mim, eu que não sei pedir nada. Meu caminho é meio perdido, mas que perder seja o melhor destino. Agora não vou mais mudar minha procura por si só, já era o que eu queria achar quando você chamar meu nome. Eu que também não sei aonde estou, pra mim que tudo era saudade. Agora seja lá o que for."

Ana Carolina

domingo, 6 de junho de 2010

that all that jazz


De todas as coisas que eu tenho, essa é a mais preciosa.De todos os momentos indescritíveis, muitos foram com essas sapatilhas. De todas as vezes em que eu não conseguia dizer uma palavra, muitas foram depois de ter visto que foi tão rápido. De todas as coisas mais dolorosas que já aconteceram comigo, a que mais me doeu foi não ter entrado depois que a cortina se abriu. De todos os dias felizes que eu tive muitos foram vestidos de collant. De todas as vezes em que sofri, nada se compara a dor de dançar numa coxia porque você tem um osso quebrado. Nada se compara a emoção de ter uma rosa nas mãos ao fim. Nada é mais precioso do que a liberdade concedida tão facilmente. Nada é mais precioso do que saber que sempre será livre pra fazer do jeito que quiser. E pra mim nada é mais precioso do que ser bailarina.

Natália Ferreira

Reflxão do dia

Longe é um lugar que não existe para aqueles que se amam.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Minhas Flores

Pois é, as pessoas dizem que a gente colhe o que a gente planta e enquanto algumas flores vêm com perfeição divina, outras vêm com pétalas escuras e espinhos. E quando eu penso que ainda dá tempo de mudar essa situação eu vejo que não vou conseguir mudar o mundo com apenas duas mãos, não vou conseguir, sozinha, fazer com que tudo volte a ser como era antes e nem que eu recebesse ajuda eu conseguiria. Porque nós crescemos e mudamos, tudo mudou, mas existe ainda aquilo que ficou, que eu espero nunca perder.

Natália Ferreira

domingo, 30 de maio de 2010

E se fosse o contrário? Seria bem melhor!

É tão difícil imaginar como seria melhor se não houvesse injustiça? Não, não é. Pelo menos não pra mim. Mas a realidade é que para as outras pessoas é muito difícil imaginar um mundo assim. Hoje em dia , nosso mundo enfrenta o desrespeito pelo ser humano, pela natureza por tudo que se pode ver pela frente. A sociedade que hoje se abriga na TERRA desrespeita até a si mesmo. A poluição cresce a cada dia e isso depende de cada um. Ao jogar o papel de uma bala no chão, estamos sim poluindo o nosso planeta porque é de pouquinho em pouquinho que as coisas evoluem e por isso que hoje o mundo está do jeito que está.

Natália Ferreira

domingo, 23 de maio de 2010

Reflexão do dia

A vida é um eco. Se você não está gostando do que está recebendo, observe o que está emitindo." (Lair Ribeiro)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Uma bagunça

Durante essas duas ultimas semanas não tive tempo nem pra respirar. Está ficando tudo muito complicado, com tantas provas, matéria nova, trabalhos e mais trabalhos etc etc. Resumindo: eu não posso postar todos os dias e prometo que sempre vou tentar dar um jeito de estar aqui. Tenho estado tão ocupada principalmente por causa da minha cabeça, que insiste em pensar em mil coisas ao mesmo tempo quando nem eu mesma quero isso. Mas independente da minha cabeça atrapalhar ou não meu rendimento escolar, minhas atividades extra curriculares ou até mesmo meu raro tempo de descanso rápido, eu estou inquestionavelmente feliz por um lado e questionavelmente triste por outo. Estou feliz por parte das coisas que venho buscando estarem dando certo e triste por me perguntar tantas vezes o por que de tantas outras coisas -que sempre deram certo- estarem dando errado constantemente. eu sei que posso reverter essa situação e por mais que eu tente, que eu fale pra mim mesma que não dá pra continuar do jeito que está eu esqueço tudo e passo a ficar feliz pelas coisas que vem dando certo. Pois é, é isso mesmo que você imagina: está tudo uma bagunça. Uma bagunça que vai ser muito complicada de arrumar, mas eu vou tentar, vou conseguir, porque se esses problemas todos estão sob minha responsabilidade é porque eu tenho habilidade suficiente para resolvê-los. É como eu digo, o problema sempre é proporcional ao problemático. Nada é por acaso.

Natália Ferreira

terça-feira, 18 de maio de 2010

Reflexão do dia

"Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor" (Chico Xavier).

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Reflexão do dia

"O problema sempre será proporcional ao prblemático" (Natália Ferreira).

domingo, 16 de maio de 2010

Sorry

Viajei então não tive como postar, desculpa. Ah tambem sei que nao posto textos já faz um tempo, mas eu vou tentar fazer isso essa semana o que vai ser bem dificil. Mas juro que vou tentar. Enfim , lá vão duas frases, por ontem e por hoje.

"A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre" (Oscar Wilde).

"Nos melhores dias da arte não existiam os críticos de arte"(Oscar Wilde).

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Reflexão do dia

"As paixões são como as ventanias que incham as velas do navio. Algumas vezes o afundam, mas sem elas não se pode navegar." (Voltaire)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Reflexão do dia

"O silencio oportuno é mais eloquente do que um discurso" (Autor Desconhecido).

terça-feira, 11 de maio de 2010

Reflexão do dia

"Conhecimento real é saber a extensão da própria ignorância"(Confúcio).

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Reflexão do dia

"Desconfiança é uma negra maldição, que se joga em forma de ciúmes e volta em forma de solidão"(Autor Desconhecido).

domingo, 9 de maio de 2010

Ultimamente

Ultimamente tenho visto melhor as pessoas. Vejo seus pensamentos, suas atitudes, seus sentimentos. Vejo as pessoas por inteiro, quero dizer. Não somente sua fisionomia, suas expressões, não ouço somente, analiso também. Suas manias, seus defeitos, perfeições... Tudo é processado pela minha cabeça. Não sei ao certo, mas ultimamente tudo tem um valor maior, tudo tem um sentido novo que às vezes é bom e outras é ruim. Talvez minha forma de ver e pensar esteja mudando mesmo, como as pessoas tem dito ultimamente. Pode ser que as pessoas é que estejam mudando, e não eu, mas o fato é que tudo pra mim agora é mais nítido. É como se eu enxergasse embaçado e do nada alguém pusesse uma lente nos meus olhos. Isso ajuda muito porque também consigo olhar pra mim, ver em mim mesma as coisas que tem que ser mudadas e as que tem que ficar ou até mesmo aquelas que tem que simplesmente se aquietar. Uma coisa que sempre temos que ter claramente na cabeça é que ninguém é completamente perfeito, mas alguma especialidade você tem, ou seja, você é completamente perfeito em pelo menos uma coisa.

Natália Ferreira

Reflexão do dia

"Os verdadeiros amigos são como as estrelas no céu. Eles são mais claros nos tempos de escuridão." (Autor Desconhecido)

sábado, 8 de maio de 2010

Reflexão do dia

"Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: E daí? Eu adoro voar!" (Clarisse Lispector).

Quantas Lembranças Resgatei

Depois de ter sido sutilmente tirada da frente do meu quadrado mais amado, fui fazer alguma coisa que prestasse e quando entrei no meu quarto e me deparei com aquela zona, resolvi o que iria fazer. Diante de todas aquelas coisas espalhadas ou então juntas, quer dizer, enfurnadas lá dentro ou jogadas em cima da minha cama, comecei colocando meu rádio no chão para que pudesse colocar minha mochila da escola em cima do pufe. Dobrei minhas roupas e as coloquei em seus devidos lugares e pronto. Com o meu armário fechado, tinha-se a visão de um quarto impecável. Ao abrir o tal, o quarto definitivamente não era mais o mesmo, passava de irrepreensível a condenado, censurado e o que mais pudesse se fazer para poupar qualquer um de ver aquela total violência aos virginianos, como eu. Comecei pela porta do meio. Retirei algumas revistas de Crepúsculo e livros, provas... Mil coisas diferentes misturadas. Entre todos esses objetos relativamente perdidos, fui encontrando minhas lembranças. Primeiro ao abrir a capa da foto da turma de 2009: A81. Quantas lembranças resgatei ao analisar cada rosto, e olha que eram trinta e um. Cada briga, cada abraço, cada choro, cada arrependimento, cada prova, cada gesto de amor, cada aprendizado... Tanta coisa crescemos juntos, mostrávamos uma união invejável, uma força impecável e uns sorrisos, ah esses sorrisos, sorrisos que a gente via todos os dias ao entrar na sala sete. Tínhamos um ritual: chegávamos, nos abraçávamos, ás vezes ouvíamos musicas, falávamos de infinitos assuntos e na hora da aula, ah como posso dizer? Todos os dias eram diferentes, todos os dias aconteciam coisas bombásticas, cada dia tinha um valor diferente. Viajando mais entre as dobras das minhas lembranças, quer dizer, explorando mais o meu armário, encontrei revistas Capricho de 2006, encontrei a foto do passeio mais memorável, o passeio ao NR que aconteceu no início do ano. Encontrei uma caixa que guardava parte dos meus tempos de criança, lá encontrei álbuns completos e incompletos, bolos de figurinhas repetidas, repertórios de músicas (quando ainda pensava na idéia maluca de cantar em rede nacional com uma amiga), encontrei também mapas e mais mapas de lugares mágicos “Onde os sonhos se realizam” pois é, esse lugar mesmo. Tirando mais coisas daquela caixa, visitei Times Square, revi peças na Broadway, subi de novo no touro de Wall Street, subi a 5ª avenida, peguei o metrô e voltei para minha caixa. Guardei tudo novamente. Na ponta dos pés, tateava a ultima prateleira, não tinha altura para ver o que tinha ali, enfim, encontrei um saco, peguei e abri. Dentro havia uma roupa vermelha, um collant vermelho e prata, com um saia que me lembra muito Cirque Du Soleil. Foi a roupa de uma apresentação de dança que fiz em 2006 ou 07. Percebi que cresci muito, aquilo era minúsculo e ainda achei uma outra roupa de espetáculo, mas essa era mais difícil de encarar. Era uma blusa vermelha e preta, um short branco e um meião rubro-negro também. O nome da coreografia era Futebol, representava um FLA x FLU ao som de Partida de Futebol, era a coreografia pela que eu mais ansiava, mas naquele ano dancei dentro da coxia porque tinha um pé quebrado. Não me lembro de ter chorado tanto quanto chorei naquele dia, apesar de todos ali estarem me apoiando. Pelo menos eu nunca mais subo escada correndo - pois é, quebrei subindo. Mas enfim, viajei pelas minhas melhores lembranças olhando para aquelas roupas que representam tanta coisa pra mim. A dança é a minha vida. A medida que ia arrumando as coisas ia achando cartinhas antigas demais que deveriam estar perdidas dos lugares onde guardo essas coisas. Achei a inocência de crianças de novo olhando pra minhas pelúcias no alto do armário, viajar pela nossa vida é a melhor coisa que fazemos quando estamos mal, porque automaticamente, do nada, a gente se vê rindo sozinha no chão do quarto tendo nas mãos um foto que foi tirada na decida de uma montanha russa e que a sua cara está pavorosa. Fui a tantos lugares em tão pouco tempo que quando me dei conta a parte do meio do meu armário estava arrumada. Na porta do lado esquerdo eu só pendurei as mochilas que estavam jogadas lá dentro mesmo, pus os cabides em ordem, tirei minha roupa de cama do armário e minha cama já estava pronta pra quando eu quisesse ir dormir. Pronto. Agora estava realmente pronto, voltou a ser um quarto impecável. E mesmo abrindo o armário, a essência do mesmo não mudava.

Natália Ferreira

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Reflexão do dia

"Não podemos acrescentar dias à nossa vida, mas podemos acrescentar vida aos nossos dias" (Cora Coralina).

Antes tarde do que nunca

Por quê? Por que essa ignorância? Por que essa grosseria? Por que esse egocentrismo? Que ridículo! Qual é o problema? Qual é a dificuldade de pelo menos uma vez na vida baixar a cabeça e admitir que está errado? Vai morrer se fizer isso? Não!Parece que todos precisam saber exatamente o que querem, o que vão fazer, o que vão resolver, enfim, precisam de uma certeza impecável sobre tudo e caso haja qualquer mudança de planos... Desculpe, mas você não é uma pessoa normal.Por que esse exagero de falta de educação e essa escassez de paciência, de paz? Cadê aquela frase “Só se aprende caindo” no nosso dia a dia? Por que hoje as pessoas são tão pobres de espírito? Hoje, quem é que dá “Bom dia” pro porteiro quando sai de casa? Poucos.É impressionante como essa onda de gente ignorante vem invadindo de forma colossal o nosso conviver. Onde está o prazer de fazer as coisas? Hoje em dia tudo é tão controlado, tão certinho, tão automático, que nem os prazeres da vida a gente sente mais.Será que vale a pena? Será que somos capazes de sobreviver a isso? A essa humilhação diária que percebemos em qualquer lugar onde existem pessoas? Será que tudo vai se resumir a isso? A esse fim ridículo, desprezível, triste? Não pode ser!Eu sei que ainda existem pessoas que podem nos salvar desse buraco escuro sem fundo. Aliás, elas, essas pessoas, somos nós mesmos. É. Nós mesmos, quer dizer, pelo menos aquelas pessoas que se arrependeram de ter feito ou deixado de fazer qualquer coisa que eu citei acima. Pelo menos nossas almas ainda nos permitem refletir. Refletir sobre o que está faltando, sobre o que podemos fazer para suprir esta falta, para que possamos consertar antes que o nosso ponteiro se mexa pela última vez. É como dizem: antes tarde do que nunca!

Natália Ferreira

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Reflexão do dia

"Cada um chama de claras as ideias que estão no mesmo grau de confusão que as suas próprias." (Marcel Proust)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Reflexão do dia

"Os verdadeiros analfabetos são aqueles que aprenderam a ler e não leem." (Mário Quintana).

Realmente Impressiona

É impressionante como somos tão vulneráveis a nós mesmos. É impressionante como um olhar faz tanta diferença ou como nós mesmos nos prejudicamos tão facilmente com uma ajudinha do impulso. É impressionante como os sentimentos passam por cima de nós e como nossos ideais falam tão alto em nossa mente.

Natália Ferreira