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sábado, 24 de julho de 2010

Fiquem quietas por favor!

Por que elas insistem? Por que elas não podem ficar no lugar delas? Por que elas estragam tudo, sempre? As pessoas choram de tristeza, enquanto eu choro por raiva, - e involuntariamente. Nas horas em que eu mais preciso ser forte pra agüentar qualquer situação, preciso me concentrar pra que minhas lágrimas fiquem quietas e não saiam pelos meus olhos acabando com qualquer tentativa minha de mostrar força. Elas bem que podiam ajudar, mas parece impossível! Não consigo controlar e acabo me deixando levar... E quando eu olho pra mim, me vejo resmungando sozinha e inutilmente. Eu poderia ser mais direta, mais objetiva... Sei lá, qualquer coisa... Mas elas me desanimam, elas podem aparecer a qualquer momento e por mais que sejam poucas, podem acabar com tudo em um piscar de olhos - literalmente. Eu sei que não posso deixar de lado aquilo que me incomoda, por causa de possíveis reações psicológicas que geram em meu corpo uma vontade extraordinariamente ordinária de chorar. Não que eu só chore de raiva, mas é o pior choro que existe - pelo menos pra mim. Felicidade, saudade, tristeza, falta, realidade são motivos que dão razão para algumas lágrimas e às vezes parece que todas as suas agonias se vão naquelas gotículas salgadas. E ainda tem gente que interpreta lágrimas como um sinônimo de fraqueza, associam à “Coisa de Criança” e isso me deixa um pouco intrigada. Por que não interpretar como uma defesa? Como uma forma de se expressar para si mesmo? Por que sempre será o fraco aquele que se render ao cansaço? Essas pessoas que interpretam de forma errada a ação podem ser aquilo que chamamos de ignorantes.

Natália Ferreira

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